9.5.09

CRAVIOLA
Ilustração: Sidney Ramos

SONHO, SAMBA e DOR...
Sidney Ramos

Eu sempre fui um sonhador,
Vivi nos braços da utopia.
Sonhei com o que
É o melhor do amor,
Foi pouco tempo de alegria.


Passei uma borracha
No meu 
sentimento.
Risquei com um
Lápis todo 
sofrimento.
Rasguei o caderno
De recordações.
Tirei nota dez
Nas desilusões.


Quero perdoar,
Eu vou esquecer,
Tenho que mudar,
Melhor é viver.


3 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Sidnei

Muito obrigado pelo apoio, pela amizade demonstrada nesse meu especial momento. Graças a Deus e a estes anjos amigos, logo mais estarei com ela comemorando mais um dia das mães.
Teu espaço continua muito bonito, com lindas poesias, continue assim.
Um abraço e um excelente final de semana

Paulo disse...

De entre todas as coisas, aprecio as suas palavras despojadas de quotidianos visiveis...parece qualquer coisa do tipo "estou a sangrar dentro do de mim".
abraço
Paulo

Sonia Schmorantz disse...

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

Autor: Paulo Santana

Um lindo final de semana!
Abraço